quinta-feira, 8 de julho de 2010

CASO BRUNO DO FLAMENGO

Muitas vezes me ponho a pensar na capacidade humana em infringir sofrimento a outros. Um jogador bem sucedido, uma carreira brilhante pela frente e, de repente, se envolve num crime bárbaro e premeditado como esse que o Brasil e o mundo acompanham pela mídia.

O que será que passa pela cabeça de pessoas que praticam crimes
hediondos dessa magnitude? Temos por hábito justificar atitudes assim alegando que os indivíduos são psicopatas, ou até mesmo, atribuímos ao diabo uma culpa que em muitos casos nem lhe cabe.

Tenho dito muitas vezes, que na nossa vida temos o poder de sermos anjos ou
demônios. Sim. Porque somos dotados de livre arbítrio para escolhermos entre o bem e o mal, ser solidário, ajudar o próximo não depende do diabo ou de Deus mas de nossa capacidade de escolha e discernimento.

A nossa liberdade de escolha é inviolável e temos o poder de optar.

Quando nos dispomos a ajudar outras pessoas não apenas com dinheiro mas com a capacidade de ouvir, orientar incentivando-as a seguir em frente a persistir sempre mesmo que hajam obstáculos que a estes, pareçam
intransponíveis, exercemos, na vida, o papel de anjo (que guarda, ampara, socorre). Mas, em contrapartida, quando vivemos a cobiçar os bens do outro, quando o difamamos e humilhamos assumimos a postura de demônios com potencial de prejudicar de modo indelével as pessoas ao nosso entorno.

portanto, deixo aqui o presente questionamento: que espécie de pessoa você tem sido? Anjo ou
Demônio?.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

IMPUNIDADE E VIOLÊNCIA: COMBINAÇÃO BOMBÁSTICA

A modernidade traz em seu contexto, o crescimento alarmante do índice de violência em nosso meio. Grande parte da população brasileira acredita que esse crescimento origina-se na certeza da impunidade resultante, principalmente, das graves circunstâncias em que se encontram a segurança pública e o sistema judiciário brasileiro: presídios superlotados, policiais mal-remunerados, acúmulo de processos, corrupção, entre outros.

Se traficantes que comandam morros, favelas, bairros inteiros acreditam que não terão que prestar contas à justiça por seus atos, que dirá de indivíduos classe média ou alta, que freqüentam boas escolas, que sabem e acreditam que sua condição social lhes possibilita o pagamento de bons advogados, que certamente, encontrarão brechas na lei que os favoreça e resguarde o seu “direito” de não responderem judicialmente por seus delitos.

Acompanhando o caso da menina de 13 anos de Florianópolis pude perceber claramente o quão grande pode ser a influencia da posição social na hora se fazer justiça nesse país. Os membros da Segurança Pública argumentam a todo o momento a importância de resguardar o direito dos agressores mais e o direito da menor agredida onde fica?

O pronunciamento do diretor da Polícia Civil de Catarinense, Nivaldo Rodrigues ao jornalista da Rede Record foi no mínimo infeliz, uma vez que a vítima, mesmo estando sedada durante o ato sexual, apresentou lesões que a obrigaram a ser submetida à internação no dia seguinte, um indicativo de que o ato não foi consensual. Isso sem mencionar que o exame pericial atesta que a violência sexual de fato ocorreu.

Sobre o presente fato nos cabe questionar: a justiça será aplicada nesse caso? Ou este será mais um dos casos que irão engrossar os anais da impunidade em nosso país?

O povo brasileiro espera que, não apenas nesse caso específico, mas em tantos outros que nos assombram o cotidiano e estão sendo noticiados pela mídia a justiça se faça. Porque enquanto persistir essa cultura amoral de "quem pode mais, chora menos" teremos que conviver com a violência aviltante que assola esse país.